Porto Wordpress Theme
Back to Blog

Tudo começou com Gebelin

Tudo começou com Gebelin
Entre 1775 e 1784, Gebelin declarou em suas obras ter descoberto as origens do Tarô através de uma simples visita de quinze minutos em uma cartomante. Disse que as cartas eram hieróglifos egípcios, escondidos dos bárbaros e disseminados pelos ciganos e que ele havia descoberto a chave para a tradução da escrita arcaica.
Traduziu a palavra Tarot como sendo a estrada real da vida.
Em 1820, quando Jean Champollion descobriu verdadeiramente a chave para a escrita egípcia e copta, revelou-se que tudo o que Gebelin havia traduzido estava errado. Não existe a palavra “tarot” na língua egípcia e nenhum símbolo que se conecte com as cartas, assim, os conceitos de Gebelin foram esquecidos pela ciência, mas foram acalentados pelos místicos.
Gebelin ficou rico e famoso com suas obras e a partir de então, o tarô se tornou uma febre parisiense
 
 
 
Jean Françoise Alliette
Conhecido como Etteilla, disse que o tarô foi criado em 2170 antes de Cristo por Hermes Trimegistro. Ele resolve restaurar o tarô e cria o Libro di Thot, o gioco di 78 tarocchi egiziane
 
Temperança, Estrela e o Mundo
Livro di Thot – Etteilla
Coleção do Instituto Graf – Bolonha
 

Em uma série de volumes publicados entre 1783 e 1785, Etteilla explicou que o Livro de Thot é mágico, mas acima de tudo, ele prevê o futuro. Para dar total atenção as suas idéias fundou a Sociedade dos intérpretes do Livro de Thot. Assim nasceu a Cartomancia, uma prática divinatória que ainda não mostra sinais de  declínio.

 

A moda egípcia progrediu com sucesso até 1856, quando Eliphas Lévi, publicou Dogma e Ritual de Alta Magia, acrescentando mais confusão.
Lévi alegou que as cartas do tarô, na verdade, seriam os símbolos da ciência sagrada dos judeus, após a destruição do Templo de Jerusalém e que estes símbolos, foram mantidos por sábios cabalistas judeus e de lá transmitidos para a cultura medieval.
As revelações de Levi influenciaram profundamente o ocultismo ocidental . Ele associou as letras hebraicas aos vinte e dois arcanos maiores do tarô e declara que  as cartas foram introduzidas por Moisés na cultura egípcia.
Levi diiz que as figuras do tarô devem ser modificadas para tornar-se um sistema de símbolos universais.
Com essas idéias, os esotéricos da época, aventuraram-se a projetar novos baralhos.
Oswald Wirth, por exemplo, ressalta o simbolismo maçônico e as letras hebraicas.

Papus

 

Gérard Encousse, publica entre 1865 e 1909, que o tarô foi criado por Hermes Trimegistro. Ele faz uma compilação das obras de Gébelin, Etteilla, Orsini, Levi, Paul Cristhian e lança o Tarô dos Boêmios em 1889, redesenhando os símbolos do tarô de Marselha com vestimentas egípcias

Falconier

 

O divisor das águas para o padrão de cartas egípcias, foi a publicação em 1896 do livro ” Les lames XXII hermètiques du tarot divinatoire. As cartas ganharam definitivamente desenhos que imitavam a arte egípcia, tal como a conhecemos nos dias atuais.
O famoso Tarô Egípcio da Kier , foi criado em 1970 em Buenos Aires, pela editora Kier. Na história do tarô existiram poucos tarôs com iconografia egípcia. O primeiro ocorreu com Falconier ( 1896), depois com Papus (1910), Editora Kier (1970), Ansata (1981) e Íbis (1989).
Bibliografia: Tarô, Ocultismo e Modernidade – Nei Naiff – Ed. Elevação

Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back to Blog